sábado, 17 de janeiro de 2009

Wood from Brazil.Guitar making


Aqui está uma lista de madeiras relacionadas fabricação de violão


1- Abeto Alemão - German Spruce - (Picea Abies) - Densidade média 0,45 g/cm3

Conhecido no Brasil geralmente como Pinho sueco ou Pinho de riga, esta é a madeira mais tradicional para tampos de instrumentos acústicos. É a madeira geralmente usada para tampos de instrumentos de arco e para o violão clássico. Demora um pouco a abrir o som no violão clássico, porém continua ganhando nuances no colorido do seu timbre durante muitos anos. Encontrada nas regiões alpinas da Europa, na Escandinávia e nos países do Leste europeu.




2- Abeto Adirondack - Red Spruce - ( Picea Rubens) - Densidade média 0,45g/cm3

Ainda pouco difundido no Brasil. Esteve fora do mercado americano durante muitos anos e recentemente tornou a ser extraído comercialmente. A maioria dos instrumentos da Martin Guitars antes da Segunda guerra eram feitos com esta madeira. Muito boa para qualquer tipo de instrumento acústico com cordas de aço ou nylon. Sua grã é mais desigual e apresenta mais diferenças de colorido que as outras variedades. Lembra muito o abeto alemão na sua sonoridade.Encontrado nas cadeias montanhosas do nordeste dos E.U.A.




3- Abeto Sitka - Sitka Spruce - ( Picea Sitchensis) - Densidade média 0,40g/cm3

Este é o abeto mais usado para violões de corda de aço devido à sua enorme resistência. Nos violões clássicos tem de ser trabalhado bem fino para que não favoreça muito os agudos. Esta é minha madeira favorita para as estruturas internas do tampo por sua grã fina, regular e sua elasticidade. Tem a coloração mais rosada que os outros abetos. Encontrado no noroeste dos E.U.A, costa oeste do Canadá e Alaska.




4- Abeto Engelmann - Engelmann Spruce - ( Picea Engelmannii) - Densidade média 0,38g/cm3

Este abeto é o menos denso deles, mas quando tem boa densidade e está perfeitamente quarteado é meu abeto favorito. Muito leve, resistente e de cor bem branca.Sua grã é fina e muito regular. Abre o som mais rápido do que as outras variedades. Meus melhores instrumentos foram feitos com esta madeira. Encontrado ao longo das Montanhas Rochosas nos E.U.A e Canadá.




5- Cedro Vermelho- Western Red Cedar - ( Thuja Plicata) - Densidade média 0,35g/cm3

Esta conífera não é um abeto, porém é uma excelente madeira para tampos. É a madeira menos densa que uso, é bastante frágil e marca com facilidade, mas produz instrumentos de grande volume e abre o som quase imediatamente. Os timbres não são tão complexos como os dos abetos mais densos, mas produz instrumentos bastante impressionantes. Foi introduzida na luteria de violões clássicos por José Ramirez III nos anos 70 e ganhou popularidade depois disto. Coloração bem mais escura e avermelhada. Encontrada na costa oeste dos E.U.A e Canadá.


Madeiras para fundo, laterais e outras peças

1- Jacarandá da Bahia - Brazilian Rosewood - ( Dalbergia Nigra) - Densidade média 0,87g/m3

A rainha das madeiras para luteria, preferida como material para laterais e fundo por praticamente todos os luthiers do mundo. Madeira de beleza incomparável e de grande variedade de colorido e figura. Geralmente avermelhada com listras negras, porém as vezes marrom escura ou quase preta. Muito vibrante e sonora, produz um som profundo de timbre muito rico com excelente sustentação Esta espécie exclusivamente brasileira vem sendo explorada comercialmente desde a época do descobrimento do Brasil e por isso suas reservas estão praticamente extintas. Muito difícil de ser encontrada com qualidade suficiente para luteria, e por isso, extremamente cara para se obter. Sua exploração comercial está banida há vários anos. Encontrada nas regiões de Mata Atlântica do Brasil.




2- Jacarandá Indiano - Indian Rosewood - ( Dalbergia Latifolia) - Densidade média 0,85g/cm3

Madeira de grande beleza e sonoridade excelente. Timbres ricos e ótima sustentação. O colorido é mais arroxeado do que o do Jacarandá da Bahia, mas também exibe listras negras e bela figura. Mais fibrosa, mais estável e um pouco menos densa que a espécie Baiana. Devido a exploração manejada imposta pelo governo indiano, ainda é comercializada mundialmente e é relativamente fácil de se comprar peças de ótima qualidade.





3- Jacarandá Mineiro- Santos Rosewood - (Machaerium Villosum) - Densidade média 0,85g/cm3

Madeira pouco utilizada tradicionalmente na construção de instrumentos musicais, porém muito apropriada em suas características físicas e acústicas para isto. Conhecida também como Jacarandá Paulista e Jacarandá pardo. Esta madeira tem a densidade, o timbre e a beleza similares aos jacarandás tradicionais, porém por apresentar coloração parda sofre certa discriminação por parte dos tradicionalistas. Produzí vários instrumentos de excelente sonoridade com esta madeira. Esta espécie foi muito bem cotada pelo luthier inglês Paul Fischer como substituta para o Jacarandá da bahia. Adicionalmente tem a vantagem de ser mais barata que os outros Jacarandás. Encontrada principalmente nas matas de Minas Gerais e São Paulo.




4- Pau Marfim - ( Balfourodendrum Riedelianum) - Densidade média 0,84g/cm3

Madeira de grande beleza e ainda relativamente fácil de ser encontrada nas madeireiras do Brasil, devido à sua popularidade como material de acabamento de interiores de residências e móveis. Sua densidade é boa e similar à dos Jacarandás, apresenta diversos tipos de figuras e pode ter a grã reta ou ondulada como a da faia em diferentes peças. Tem boa estabilidade quando bem seca e quarteada, e uma coloração dourada clara e um brilho muito bonitos. Os instrumentos que fiz com esta madeira têm muito bom som, porém com um pouco menos de sustentação que os de Jacarandá. Encontrada no Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina principalmente.




5- Pau Ferro - ( Machaerium scleroxylon) - Densidade média 0,88g/cm3

Também conhecida como caviúna em algumas partes do Brasil, esta madeira tem um aspecto parecido com o do Jacarandá Indiano, porém com mais marrons e dourados entre as listras pretas. Usada geralmente para fundos e laterais e muito popular no mundo inteiro como madeira para escalas. Produz instrumentos de excelente sonoridade e atualmente é quase tão escassa quanto os Jacarandás. Encontrada em vários estados do Nordeste, Sudeste e Centro-oeste do Brasil.




6- Macacaúba - Granadillo- (Platymiscium spp.) - Densidade média 0,85g/cm3

Fui apresentado a esta madeira pelo grande Luthier brasileiro Francisco Munhoz, um pioneiro na sua utilização, que me cedeu alguns sets para que eu a experimentasse. Conheço duas variedades desta madeira, uma avermelhada e outra mais parda com manchas pretas e vermelhas muito similar aos Jacarandás. De acordo com estudos feitos pelo Ibama e pelo IPT esta madeira tem características físicas quase idênticas as do Jacarandá da Bahia. Sua sonoridade é muito bonita e sua sustentação fantástica. Tem a desvantagem de ser um pouco instável e propensa a rachaduras, mas funciona bem se cortada bem quarteada e bem seca.Considero esta madeira a maior candidata a substituta dos Jacarandás devido a sua disponibilidade comercial no Norte Brasileiro.




7- Faia - Maple - ( Acer spp.) - Densidade média 0,65g/cm3

Esta é a madeira mais impressionante que conheço, nada é mais bonito que uma tábua de Faia com a figura ondulada. Esta madeira tem cor clara e muito brilho natural. Sua sonoridade é diferente dos Jacarandás, pois não é tão profunda e não tem tanta sustentação, mas possui grande projeção e muito equilíbrio entre as freqüências agudas, médias e graves. Usada preferencialmente na fabricação de fundos e faixas dos instrumentos da família do violino e das guitarras archtop acústicas. Madeira bem estável e resistente. Originária das florestas de clima temperado da Europa e da América do Norte.




8- Imbuia - Brazilian Walnut - ( Ocotea Porosa) - Densidade média 0,65g/cm3

Outra das minhas madeiras favoritas, apesar de pouco tradicional. As tábuas mais densas e escuras desta espécie são excelentes para a confecção de violões clássicos. Produz graves profundos e bonitos. Visualmente lembra as madeiras da família dos Jacarandás e a Nogueira americana. Bastante estável e fácil de trabalhar, tem ainda a vantagem de possuir poros bem fechados, que facilitam o acabamento. Encontrada no Sul do Brasil.




9- Mogno - Honduras Mahogany - ( Swietenia macrophylla) - Densidade média 0,50g/cm3

Esta madeira é realmente polivalente, geralmente utilizada para braços, funciona muito bem como fundos e laterais e até como tampos. Reconhecida como uma das espécies mais estáveis de todo planeta devido à sua grã entrelaçada, ainda é fácil de trabalhar e tem um belo aspecto visual, com sua cor avermelhada e sua variedade de figuras. É uma das madeiras tradicionais para fundos e laterais de violões de cordas de aço, e foi utilizada por muitos dos mestres espanhóis em violões clássicos. Infelizmente devido a sua exploração indiscriminada, está seguindo os passos do Jacarandá da Bahia como espécie ameaçada. Ultimamente está muito difícil de ser encontrada nas madeireiras e seu preço sobe anualmente. Originária da região Amazônica no Norte do Brasil.




10- Cipreste Espanhol - (Cupressus Sempervirens) - Densidade média 0,45g/cm3

Madeira maravilhosa, branca, sem poros, leve e de um aroma delicioso. Esta madeira é tipicamente usada em violões flamencos, porém funciona bem em clássicos também, oferecendo grande sonoridade, beleza e projeção. É uma das madeiras favoritas do grande Luthier Romanillos assim como foi do Mestre Antonio de Torres. Encontrada principalmente na costa do Mediterrâneo na Espanha e Itália.




11- Cedro rosa - Spanish Cedar - ( Cedrella spp.) - Densidade média 0,40g/cm3

Esta é outra madeira com 1001 utilidades, utilizada em braços, fundos, laterais, tampos e principalmente nas peças estruturais do violão. É minha madeira favorita para a estrutura interna do fundo, para os blocos internos e para os reengrossos devido a sua estabilidade e aroma. Dizem que também evita ataque de insetos que se alimentam de madeira como os cupins. É muito resistente, bonita e sonora, apesar de ser um pouco porosa demais. Produz ótimos violões flamenco. Sua coloração é avermelhada e com a oxidação, ao longo do tempo, escurece para um marrom bem bonito. Apresenta variedades bem mais densas que as outras, que favoreço para confecção de braços. Encontrada em várias regiões do Brasil, principalmente na região Norte.




12- Marupá - (Simarouba Amara) - Densidade média 0,40g/cm3

Esta madeira tem a grã, a textura e as características físicas muito parecidas com a do Cedro Rosa, diferindo apenas no cheiro e na cor. Seu cheiro é bastante neutro e a cor é um branco amarelado que cria um contraste bonito com madeiras mais claras como o Mogno , o Cedro e a Macacaúba. Uso freqüentemente como substituta do cedro e do mogno nas peças da estrutura interna dos violões. Bem resistente e leve, pode ser usada até como madeira alternativa para tampos. Encontrada na Região Norte do Brasil.




13- Ébano Africano - African Ebony - (Diospyrus spp.) - Densidade média 1,00g/cm3

Outra madeira que anda beirando a extinção. Atualmente está cada vez mais rara, cara e mais difícil de se encontrar com boa qualidade. Sempre foi a favorita para a confecção das escalas de instrumentos musicais devido à sua grande dureza e resistência ao desgaste mecânico. Tem as desvantagens de ser um pouco instável e ter tendência a rachar. Sua coloração negra e exótica cria um contraste muito bonito com o prateado dos trastes. Tem variedades originárias da África Continental, Madagascar e Índia.




14- Braúna - (Melanoxilon Brauna) - Densidade média 1,05g/cm3

Considero esta madeira o Ébano brasileiro. De um marrom muito escuro e sem poros, esta madeira substitui muito bem a madeira africana para as escalas. Após ser tratada com óleo, se torna bem negra e praticamente indistinguível. Não é muito estável, assim como o Èbano, porém se bem seca e com um corte bem quarteado funciona admiravelmente. Tem a vantagem de ser mais acessível e mais fácil de encontrar comercialmente, principalmente em revendedores de madeiras originárias de demolições. Encontrada principalmente no Sudeste e Nordeste do Brasil.




15- Freijó - (Cordia Goeldiana) - Densidade média 0,49g/cm3

Esta madeira se encaixa na categoria das madeiras alternativas, esta é uma madeira bastante estável, fácil de trabalhar, leve e resistente. Fiz algumas experiências com o Freijó para tampos de instrumentos archtop que funcionaram muito bem. Sua sonoridade e características físicas são similares as dos abetos mais densos. Esta madeira tem um brilho muito bonito nas peças de corte radial (quarteado). Acredito que funcionaria bem como madeira de tampo para violões, apesar de ainda não ter testado. Certamente produziria um instrumento de um visual bem diferente e atraente. Encontrada na região Norte do Brasil.


quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Fresh Start

Best results certainly come from good equipment, clean environment and giving time to the work in progress. A strong and large work bench will help the sole workman, as will any machine that is of a reasonable weight and power, keeping all machines sharp and well maintained will save time and give more accurate results, all logical but not always followed by craftsmen, it is logical to make the area of work fit your methods and style, give ample room for fitting and building, areas for gluing and cramping up work, ample daylight and sufficient ventilation as well as filtering the air and sucking away any chippings/dust from machines as you work and not just after the cutting is finished. An organised workshop lets you concentrate on the work and not on finding things, it is always best to only work with what tools you need at the time and always return them to their normal station when you have completed the task at hand, this and keeping the floor clear of dust and shavings, will stop frustration and encourage a neater attitude in construction.
After my move to Northumberland I decided that I wanted to have far more control over the timber I was using and to have more contact with the wood, seeing a tree in its standing location, arranging for the cutting and drying of the wood, often with the job and its design, already in my mind. There where many advantages to living in an area that is largely farmed, for the land owners have trees and there can be an element of trade between the craftsman and the land owner, also many of the farmers liked to have hand crafted furniture in their house, being far more accustomed to dealing direct with the furniture maker and knowing the time that it takes to dry wood to produce good timber meant that I could be giving up to two years as a delivery date, one year for the drying and then a time scale that would depend on the the current work load.

A local craftsman had set up his own kiln, using an old refrigerated lorry trailer and putting strips of polythene as dividers(in order to keep the movement of air more even and guarantee even dehumidify), another person(who produced charcoal for bar-b-q, had set up a 36" circular saw with separate tungsten teeth, driven from a tractor engine and also with an automatic feed on tracks, thus allowing us to put a three metre length of tree trunk on a carriage and cut planks in what manner we wished, I had a long wheel based land-rover with a trailer and could manage the transport, this allowed for speedy cutting and subsequent drying, the tree not having to lie in a field for more than an hour or so.

I had intended to extend my own workshop(at the rear) to form a kiln, using the sun to power the fans,dehumidifier and heat water, I had a petrol driven 20" saw which sat out in the back garden, the whole of my plans came to a halt with the decision, for my ex wife and I, to divorce. I had up to this point aimed to construct everything in the house with local timber, including door handles, having got fairly close to this goal I sadly had to accept the inevitable and sell, starting again with a workshop in Edinburgh, which in actual fact proved difficult, my work virtually changed within six months for me to do more restoring of furniture and getting a lot of work from local Scottish architects, several who became friends and one, Campbel, l as become very much another brother to me.

This was an ideal situation that sadly was to disappear when I moved to Edinburgh, city life does not allow time for discussion let alone for the drying of timber, city life also gives rise to the shop bought item, generally cheaper but not always suitable for the needs of the client.

Here you can see the barn that I bought in 1984 and the work that I did over six years whilst still continuing my work as a furniture maker and restorer. I would have liked to have redone all the furniture and changed the windows for Oak, I had made them from pine as an economy and also to get the house finished for me to work indoors, however the lack of time was always a problem, the work was always heavy, stone never comes very light, also the quantity of timber for the floors and doors was a strong factor in my budget.

The workshop was almost my last effort and in reality never completed to form a good enviroment, I had to work with small machines and usually all second hand or created from other machines.
I am now, with Michael Bennett-Levy's help, able to think of getting a workshop that as the space, tranquility of location, with opportunity to get all my machines, along with replacements for the larger machines that I have lost(through moves) over the years, in particular I am keen to buy a large bandsawand large planner thicknesser, a large sander and spindle moulder and to create a single large bowl lathe. This is the now very much extended garage at St Puy!!!!!